Do que li e não gostei
- teresa peixe
- 8 de ago. de 2017
- 2 min de leitura
"Good advice is always certain to be ignored, but that's no reason not to give it." - Agatha Christie
Gosto de ler tudo. Os bons, os maus e os que classifico como “para desinfectar” (nem para rir nem para chorar!). Gosto de alternar. Usando uns para esquecer o mal dos outros e os menos bons para digerir o que me enchem.
Li dois livros daqueles "para ler no verão" (sendo que um deles li em Dezembro de 2015!), policiais leves, que espero bem escritos.
Enquanto escrevo isto parece-me ser uma injustiça para o Verão e além disso não me faz qualquer sentido que se optem por livros mais leves numa altura de férias... não devia ser ao contrário? Devaneios...
O primeiro li, como disse, há muito tempo, antes de se falar tanto dele e muito antes de sequer existir a possibilidade de um filme (que não vi!), “A Rapariga no Comboio” de Paula Hawkins.
A principio prendeu-me, apetecia-me continuar e continuar até me apetecer que a história acabasse, de facto, na página seguinte. O livro torna-se aborrecido e a partir de determinado momento percebi quem seria o vilão. Sendo que era mesmo. Coisa que nunca acontece nos bons policiais em que raramente acertamos no mau da fita.
A ideia é muito boa mas, da minha perspectiva, não muito bem conseguida. É engraçada a forma como “inventamos” a vida dos outros sem nada sabermos… Assim como é engraçada a hipocrisia/fantasia no que passamos aos outros daquilo que não vivemos, mas gostávamos, das nossas vidas.
Tive pena de não sentir o mesmo entusiasmo até ao fim. Ainda assim, quis dar oportunidade à escritora e comprei o novo livro dela… ainda não li! Vi uma entrevista que lhe foi feita, na altura da feira do livro, e gostei dela. Agora quero perceber se o que faz é propositado ou não!

O outro policial é o “Não contes nada”. Talvez fosse melhor não contar mesmo!
Comprei por me ter sido sugerido… é um livro que se lê numa tarde e que não exige muito de nós.
Em termos policiais é tão fraco como o anterior. Também se percebe cedo demais a história. Ainda assim a ideia de que agimos de forma diferente se tivermos a falar de alguém que nos é querido ou do vizinho do lado, faz-nos pensar na justiça, na coerência… no ser humano… e isso está bem retratado neste livro. O que também está bem claro é que no final das contas, se olharmos bem para a história, "quem se lixa é o mexilhão", literalmente!
Mas leiam, lêem-se muito depressa, o que diminui o sofrimento... (Estou a brincar! Já li livros bem piores e há livros que não consegui mesmo ler!) ...
Não quero que concordem comigo. Quero antes que me expliquem onde falhei na leitura para não ter ficado impressionada!
Digam me de vossa justiça!














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