top of page

As 5 razões do que influencia o quê e porquê

  • Foto do escritor: teresa peixe
    teresa peixe
  • 17 de mar. de 2017
  • 4 min de leitura



Para este blog pensei que além de coisas que faço, como no post Rimbaud, podia também dar uma opinião acerca de locais que visito. Incluídas nas tais coisas que mais olhos devem ver. Ou narizes cheirar. Ou paladares sentir, ou músicas ouvir ou peles absorver...


Hoje fui a um restaurante aberto há pouco tempo em Lisboa e para o qual tinha expectativas altas, não me perguntem porquê. Depois pensei, porquê? Porque é que hei de escrever? Qual é o objectivo? Até que ponto devo ser verdadeira e são verdadeiras as criticas que se lêem?


Não tenho como objectivo aumentar o número de visitas ao restaurante, mas se o conseguir, fico contente. Não tenho também qualquer intenção de ter o resultado contrário. Mas quem escreve no Zomato e afins, fá-lo porque? Tendo em conta o quê? A menos que seja uma experiência mesmo muito má ou no extremo oposto, não sei se consigo perceber.


Interrompo aqui para explicar que não darei 5 razões para nada. Que não vou ter tópicos a bold que resumem ideias. Espero que não seja aborrecido e leiam com vontade até ao fim. Usei o número só porque dizem que torna os títulos mais atractivos, torna?


Sou esquisita com a comida, sou rabugenta, sou impaciente, às vezes tenho dores de cabeça... e acho que tudo isso pode influenciar a minha opinião. E às outras pessoas? Será que vão sempre disponíveis para ter uma boa experiência? Às vezes basta demorar um pouco mais para estacionar o carro, para a fome aumentar e a paciência diminuir. Ou não termos tanta fome assim. Ou estarmos em dias em que tudo o que comemos nos sabe de forma diferente. Por isso, aquela história de só temos uma oportunidade para criar uma boa primeira impressão, sendo verdade, deverá quase sempre ser analisada, e muitas vezes contrariada. Pelo menos acho isso, hoje, em relação a restaurantes, que é daquilo que estou a falar...


Demorei a estacionar, na zona de Santa Apolónia, imaginem... com obras à mistura... o que já não estava à espera em Lisboa!

Quando cheguei à porta do restaurante encontro uma esplanada de alumínio e uma porta pequena. Não imaginava assim a entrada do restaurante Caza, nem os individuais das mesas de alumínio com imagens do que se pode pedir nas diferentes horas do dia... tipo cafeteira do El corte inglês. Achei por outro lado curiosa essa abordagem, que se repete na lista. Diferente.Só depois de me sentar e ter sentido uma certa escuridão na sala, reparei no que me rodeava.O espaço é giro. Confortável. Agradável. E tem ao jantar outra sala disponível.


A pouca luz noutro dia talvez me soubesse bem, hoje chegou-me fria. Para além de não gostar da televisão ligada no canto da sala... O pão e os salgadinhos do couvert estavam bastante bons. Não sou fã de rissóis de camarão nem de pasteis de bacalhau, mas souberam-me muito bem, possivelmente por causa das obras! Na verdade, os croquetes estavam per-fei-tos! Foram pedidas entradas: Peixinhos da horta (que tinham além de feijão verde uma cenoura e uma tira de milho) e os certinhos de alheira. Di-vi-nos.


Pedimos ainda duas sopas (e eu com o péssimo hábito de tudo o que esta no prato ao lado tem que ser experimentado... provei as duas) uma de tomate, outra de abóbora... a descrição na lista estava mais apetecível que a sopa que me chegou, mas agora que falo nisso, comia-a outra vez! Fiquei indecisa na escolha do prato principal. Apetecia-me carne, porque às vezes sinto que preciso, mas apeteciam-me também o polvo, ou o atum, ou um risotto. Optei pela carne, que não me tirou os pés d chão, possivelmente por me apetecer tanto carne. E por ser tão esquisita com a mesma. Era tenríssima. Acho, aliás, que nunca comi uma carne tão tenra. Quase se partia com o garfo. Ainda consegui comer sobremesa embora o espaço de estômago fosse já extremamente reduzido. E comi toda, e eram centímetros de doce. Centímetros de sabores e texturas. Estava muito bom.

O chefe veio à mesa por varias vezes, por estar a fazer pequenas alterações nos pratos, o que podia fazer com que o aspecto não estivesse de acordo com as tais fotografias da lista. Simpático, agradável e atencioso o chef Thiago Menezes.

Na sala ajudavam duas senhoras. Uma mais novinha que devia estar a aprender, espero. Uma outra mais experiente. Bastante simpáticas mas não muito atentas. Ou nós talvez exigentes demais! (comi a sobremesa com a colher do café que felizmente tinha pedido antes!)

Uma das vezes que o Chef veio falar connosco, sugeriu que comentássemos no Zomato e colocássemos fotografias. Claro está que fui ao Zomato ver o que por lá se dizia. E de tudo, o que achei mais graça, foram as respostas aos comentários. As normais, por parte do restaurante e as que não achei tão normais dadas pelo Chef, a tentar justificar as situações menos boas, e foram esses que me fizeram pensar nisto que escrevo de outra forma.

Portanto, visitem e voltem a visitar e escrevam no Zomato, para eu ir lá espreitar!








Commentaires


bottom of page