Das porcarias que me disponho a ver
- teresa peixe
- 9 de dez. de 2017
- 3 min de leitura
Este título devia ser uma secção do blog! Vou pensar nisso...
Quando era pequenina dizia que gostava de poder ter um tubarão meu amigo... Continuo a pensar que tudo é possível (silly me!)…

Lembro me de não ter ainda tamanho de gente e de ver umas revistas do meu irmão, que tinham certamente outras fotografias, mas as que me ficaram gravadas foram as de pessoas mordidas por fileiras de dentes. Não tenho qualquer prazer mórbido em ver esse tipo de imagens, mas sempre pensei em quais seriam as situações em que se põem as pessoas pensantes para levarem umas trincas, mas só hoje me lembrei disto quando, como não pude ir trabalhar, fui procurar filmes dos que chamo (como a alguns livros) para desinfectar.
Não sou dada a desafios radicais. Sei da conversa da zona de conforto e não acho que seja necessário torná-la arriscada, aumentando a probabilidade de me magoar... como costumo dizer: percebo, mas não entendo. A adrenalina prefiro ir busca la a outras coisas…
O filme tinha um nome prometedor... (não!) “águas perigosas”. Sabia que ia ver um tubarão (pelo menos) que acabaria em maus lençóis e alguém a ser mordido, que sobreviveria.
Tenho a dizer que considerei a gaivota que entra no filme a melhor personagem. Mais bem construída e consistente. Para além de muito bonita. O mesmo deve achar a maioria, da protagonista que, para mim, fica em terceiro lugar, ultrapassada pelo actor secundário, que é o boneco gigante cinzento que lá vai aparecendo.
Enquanto estava a escrever lembrei me (as memórias que um filme com tubarões me trazem!) que há muitos anos estive em Los Angels e, nessa altura, fui visitar os estúdios da Universal. Uma das actividades era dar uma volta num autorcarro que nos levava a vários cenários de filmes conhecidos. Um dos que melhor me lembro era pararmos numa ponte, baixa, por cima de um rio, onde estava um senhor num barco, a pescar e que, de repente era atacado pelo famoso tubarão do Spielberg, que depois nos vinha “atacar" também... Era só uma parte do boneco, se bem me lembro... foi uma emoção!
Voltando ao filme, aos filmes com tubarões, podiam, já que os querem fazer, torná-los educativos, mas não, na sua maioria os ataques resultam sempre da estupidez humana. Da arrogância da sabedoria oca. Ou da sofreguidão humana, como noutros filmes com animais.
Quantos mais filmes vejo com animais menos percebo o ser humano. E não sou fundamentalista. Só na forma como se usa a massa cinzenta... ou na forma como ultimamente se opta por não usar. Até a minha neste caso, certa de que não será o último filme do género que verei!
Para que este texto não fique tão vazio como o filme, aproveito para dizer que, sempre que possível, façam as actividades arriscadas acompanhados. Sempre que possível, não vão depois de um belo almoço para dentro de água. Se não for possível, façam-no devagar. E, façam o impossível, evitem pensar que se se movimentarem dentro de água, como aquecem, fará menos mal o almocinho. Desenganem-se. Se se molharem apenas, talvez nada aconteça, mas a probabilidade de acontecer se começarem a nadar, aumenta bastante. No ginásio é a mesma coisa, mas sem água!
Pronto, já me sinto menos mal com este texto. Talvez o repita no verão!

E como não tinha fotografias de um tubarão, fica a de um outro dentuças! Também vejo filmes com estes!
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